Educação PB

terça-feira, 1 de março de 2011

A PRINCESA E O PLEBEU...UMA REEDIÇÃO DE UMA FÁBULA!!!

 
O texto a seguir é fictício e qualquer semelhança é mera coincidência.

ORGAMOSA época ainda era colonial, mas em transição para a República de Bananas. Naquele emaranhado de casas, nas proximidades da Vila do Galego, nascia um rebento de olhos esbugalhados. Feio, começou a fumar cedo o que lhe deixou com a boca torta – o hábito do cachimbo o deixou assim.

Ao longo dos anos se afastou das mulheres e aprendeu a falar com certa desenvoltura. Na eclosão social, se fez líder. Era o braço dos desvalidos; a voz dos mascates. Nascia o embuste...

Ganancioso, comprou uns acres em terras do frio. Se auto elegeu Senhor de Engenho. Ganhou notoriedade, prestígio e o título de administrador, mas faltava-lhe a cara metade. Desposou de uma jovem.

O romance não demorou muito. Recatada e branca feita um copo de leite viu o escolhido arrumar seus ‘panos de bunda’ e partir. Ele não suportou falsos boatos de ter levado uma ‘carapuça de boi’.

Decepcionado com a ala feminina passou a conviver com velhos coronéis. A amizade por si só não era suficiente. Queria mais e mais... A sua vontade foi feita. Ganhou condição de poder tudo fazer nas terras onde o sol castiga primeiro.

Sem muita confiança foi se consultar com a mais famosa bruxa do lugar. De lá, saiu satisfeito, com a resposta: “serás apenas feitor, nunca administrador”. Estava traçado o destino do Senhor de Engenho.

Mas porque vivia acabrunhado, triste? Temia-se que estivesse com banzo. As orgias com as mucamas já não lhe satisfazia? Descobriu-se, coletivamente, que faltava um amor. Em polvorosa, a capitania catou a dedo a pretendida.

Eis que surge uma galega de olhos verdes e sedentos. Foi flechado pelo cupido na mesma hora. Mas, teria que entrar na disputa para ganhar o coração da bela estrangeira de quadris largos, peitos do tipo cuscuz bondade e pernas bem torneadas.

Ganhou o torneio e o coração da não tão donzela assim. Valeram a pena as escoriações, o olho inchado e os dentes amolecidos pelos sopapos do anterior.

A galega, hoje sinhazinha, apesar de feliz vivendo concubinamente, precisava de um relacionamento estável. Botou pressão. Enfim, tinha que dar satisfação à sociedade e à igreja. Sinhozinho, já perdido de amor, aceitou tudo sem pestanejar. O casório em pleno verão, exigência de senhorzinho.

Sinhazinha desejava, na noite de núpcias, proporcionar algo diferente para o amado. Lançou mão do Kama Sutra. Não ficou satisfeita. Queria algo mais turbinado.

Foi pedir ajuda a Bambi, famoso consultor sentimental. O saltitante, filho de ourives, que sempre presenteava seus amigos com anel, veio em socorro da dama desesperada. Valeu a pena!

No dia seguinte, ainda em êxtase, sinhazinha gaba-se da receita de Bambi: “sinhozinho adorou”.

Não satisfeita com a divulgação entre amigos sobre desempenho digno de um dom Juan, enviou mensagens além-mundo pelos pombos correios: ‘a noite foi mil’.

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